terça-feira, 19 de novembro de 2013

O ator e a sua autonomia

Autonomia não é uma palavra que seja aceita com tranquilidade quando se fala do trabalho do ator. Há quem fala que sempre atrás de um bom ator encontra-se um bom diretor. Eu não brigo com essa ideia. De fato, concordo na maioria dos casos. No entanto, essa dependência não tem que ser um absoluto e já vi muitos casos de atores autônomos que, como poucos, são mestres de seu ofício.
Quando alguém debate comigo minha proposta, quase sempre se concentra nesse assunto. Para os que acham que os atores precisam de guias externos o tempo todo ou que não têm condições de andar sozinhos pelos caminhos da criação cênica, na continuação, algumas frases que vão adorar. Mas estas frases também são para os que, como eu, acreditam que nem sempre precisamos dessa dependência (eu também as adoro... rsrsrsrs...). Divirtam-se:

  • “O ator digno deste nome não se sobrepõe ao texto. Ele o serve. E servilmente” (Jean Vilar).  
  • “Os atores servem para interpretar todos os caracteres porque não têm nenhum” (Denis Diderot)
  • “A final, no teatro, talvez seja necessário e suficiente que o ator tenha a ilusão da liberdade. E poderia ser diferente? A escolha primordial de todo ator não é precisamente se alienar, mergulhando no papel? A arte do ator tal vez comece por esta renúncia” (Jean Jacques Roubine).
  • “O ator só tem uma arte de criação autêntica: a mímica” (Jean Vilar).
  • “O ator deve ser, e deve ser tão somente, o veículo de uma nova linguagem” (Antonin Artaud).
  • O ator deve sair do teatro e em seu lugar surgir a figura inanimada, a Supermarionete" (Gordon Craig).

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